Visitando os baús de afetos e lembranças
Expressões Humanas em 2010
Estamos entrando numa nova etapa de vida e resolvemos resgatar algumas ações e momentos que foram extremamente importantes e deliciosamente lembrados.
Nosso intuito é compartilhar, com todos que acompanham e visitam esse espaço de encontro, os momentos, memórias e histórias que construíram a travessia do Grupo Expressões Humanas.
Helô Sales "Anárquico Velho Mundo Novo" - 1990
Iniciaremos aproximando antigas lembranças que nos são altamente afetivas, com momentos recentes que estamos construindo pouco a pouco, mas que já nos fazem enxergar horizontes bem interessantes.
Acreditamos que propiciar essa aproximação seja fundamental, principalmente, porque as novas travessias estão plantadas em terrenos férteis e horizontes que se inspiram nesse fragmento do poema "O Guardador de Rebanhos" de Alberto Caeiro:
Maria Rosa e Nirvana Aquino "Uni Versos" - 1994
Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Fica então, abrindo esse espaço, o editorial do número “0” do “Jornal Eco” do Expressões Humanas, lançado em 1997, estabelecendo essa ponte entre os antigos e os novos sonhos.
Expressões Humanas em 1990
Editorial do Jornal Eco do Expressões Humanas - 1997
“Ô lê lê... Conseguimos!!! Cruzamos com mais um sonho a fronteira das idéias para a fronteira da realidade. “Demoremo mas cheguemo”, como diz o nosso Capra da peste do sertão. E viemos com todo o gás, com panos pras mangas e pra dar o que falar para as más línguas que vivem mandando a gente botar a mão na massa, cair na real e botar os pés no chão.
Pois bem! Caímos na real... só que trazendo na mochila, que anda cheia, mais um sonho realizado,e que sonho! Quuanto a botar os pés no chão, eles já estão, mas a cabeça anda nas nuvens... voando né? Que é pra manter o equilíbrio. E as mãos? Ah, essas andam sempre juntas com muitas outras que acreditam no que diz o poeta: ”Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade."
O Expressões Humanas é um Grupo de teatro experimental. Um bando de gente com idéias loucas e com a estranha mania de interagir uma arte na outra pelo simples prazer de criar, de se sentir vivo, de experimentar e de quem sabe, degustar algo tão gostoso como o nosso “baião de dois” ou a nossa famosa feijoada.
Assim descobrimos que não queríamos fazr só teatro, queríamos fazer arte no sentido exato ou inexato com que os pais s referem as danações das crianças. Aí deu no que deu... o número “0” do Jornal Eco do Expressões Humanas. Eco do pensamento do grupo, Eco de ecologicamente correto e Eco da consciência de um mundo que necessita urgentemente de mudanças sociais profundas e de mais humanização.
Nosso objetivo é somar corpos, emoções, nervos e sonhos para realizar o novo, revolucionar velhos padrões sedimentados como verdades absolutas e lógico, criar, criar sempre para trazer de volta a naturalidade e o prazer desse ato vital que foi deixar de lado por uma sociedae mecanizada e por valores puramente consumistas.
"Dom Poder e a Revolta da Natureza" -1992
Nirvana Aquino/Helô Sales, Natércia bezerra, Hlda Brasil/ Maria Rosa/ Tonhé
O mundo anda carente de poesia. Nós do Jornal Eco do Expressões Humanas queremos entrar em contato com você, queremos construir uma ponte que facilite nossa velha e saudosa comunicação. Nossos ancestrais laços humanos andam frágeis e meio que emaranhados nos famosos cabos da globalização.
Aliás, se fala muito, ali, acolá, alhures, mas pouco se ouve ou pouco se faz do que realmente e verdadeiramente interessa em termos de humanidade. Nós, como muitos outros, queremos um mundo novo, sem fome, miséria, analfabetismo, preconceitos, etc.
Aliás, se fala muito, ali, acolá, alhures, mas pouco se ouve ou pouco se faz do que realmente e verdadeiramente interessa em termos de humanidade. Nós, como muitos outros, queremos um mundo novo, sem fome, miséria, analfabetismo, preconceitos, etc.
Matéria publicada em 1991 - 1ª Peça do Grupo
Um mundo desenvolvido, mas que não nos transforme em escravos das máquinas ou em meros robôs sem pensamentos e emoções. Um mundo novo, sim! E já! Mas que sejam preservadas nossas antigas, saudosas, conflitantes e diferentes expressões humanas.
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